"Keep Drawing" uma bela animação, criativa e harmonioso. Dirigido por Ha Juan
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Never Give Up! Illusion
A visão do fotógrafo é que o diferencia, depende do repertório e da personalidade. Primeiro é preciso enxergar algo para depois registrá-lo.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Aniversário de 90 anos da Sogrinha
No último dia 15 foi comemorado os 90 anos de minha querida sogra, D. Inês. Um bom momento para reunir os amigos e familiares e colocar a conversa em dia.
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Fotos
A visão do fotógrafo é que o diferencia, depende do repertório e da personalidade. Primeiro é preciso enxergar algo para depois registrá-lo.
Help!!
Legal este clip da música dos Beatles feita com animação em tipografia cinética.
A visão do fotógrafo é que o diferencia, depende do repertório e da personalidade. Primeiro é preciso enxergar algo para depois registrá-lo.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Aniversário foi do Airton, o presente foi nosso.
Sábado, dia 1 de outubro, aniversário do Airton, mas quem recebeu o presente foram os amigos, que puderam curtir uma excelente noite com uma recepção acolhedora da família, bom vinho, boa música e um divertido papo.
Link para as fotos
https://picasaweb.google.com/110903871411451550735/AniversarioDoAirton?authkey=Gv1sRgCLqa1efQ4eTd9AE
A visão do fotógrafo é que o diferencia, depende do repertório e da personalidade. Primeiro é preciso enxergar algo para depois registrá-lo.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Solidariedade e bom rock'n'roll. Nesse encontro de feras.
Tony Iommi e Ian Gillan lançam um single e assim arrecadar
dinheiro para as vitimas de terremoto na Armenia de 1988
by jazz& rock
O cenário
musical ainda estremece quando certos nomes são citados e ainda mais quando
estão envolvidos em um projeto. Não há como negar a importância que os nomes
Tony Iommi, Ian Gillian, Nicko McBrain e Jon Lord, representam para a música.
Em 2011
descobri por acaso a banda WhoCares e fiquei sem reação quando comecei a ler e
me deparar com os músicos envolvidos no projeto. Para quem vocês possam
entender, o projeto tem como origem um desastre natural, mais precisamente um
terremoto de magnitude 6.9 que aconteceu em 1988 na Armênia, devastando o país.
Na ocasião o mundo ficou em choque (como acontece em todo desastre natural) e
houve uma grande mobilização em solidariedade as vitimas. E nessa época foi
criado um projeto chamado “Rock Aid Armenia”, que reuniu grandes nomes do rock
para uma única causa, arrecadar fundos para as vitimas. Essa iniciativa rendeu
uma coletânea, onde várias bandas acabaram contribuindo. E depois de duas
décadas, Tony Iommi (Black Sabbath) e Ian Gillan (Deep Purple), voltaram na
Armênia para ver como o dinheiro foi usado e se de fato havia ajudado as
vitimas.
Apesar de
ter passado duas décadas o projeto continua e por isso Tony Iommi e Ian Gillan
decidiram voltar aos estúdios para lançar um single e assim arrecadar mais
dinheiro para as vitimas, que mesmo depois de muito tempo, ainda sofrem com a
falta de coisas primordiais. E para continuar o projeto, foi criado o WhoCares.
É claro que Iommi e Gillan não poderiam dar conta disso sozinhos e para isso
chamaram outros grandes nomes da música, como o lendário tecladista Jon Lord
(ex-Deep Purple), o eterno batera do Iron Maiden Nicko McBrain, o baixista
Jason Newsted (ex-Metallica) e o guitarrista Linde Lindstrom.
O single
contém duas músicas, mas por se tratar de uma banda formada por lendas do
rock’n’roll, isso é apenas um mero detalhe, o importante nesse caso é a causa e
também a sensação de poder ouvir os riffs precisos e marcantes de Tony Iommi, a
voz não tão potente, mas afinada de Ian Gillan, as viradas e a condução
impecável de Nicko McBrain e som do teclado de Jon Lord.
O single
abre com a música Out Of My Mind, que acabou sendo escolhida como a principal,
por consequencia virou até um clipe muito bem produzido e também foi incluída
no documentário que fala sobre o projeto. Logo de cara somos envolvidos por um
som que nos remete imediatamente ao Black Sabbath com os riffs pesados e
arrastados de Iommi, a introdução dos teclados com um ar sombrio e a voz de Ian
Gillan surgindo na sequencia, após isso o que precensiamos é um misto de
Sabbath e Deep Purple, algo indescritível. Os elogios não se resume aos dois,
mais a toda a banda, Nicko McBrain como sempre mostrando por que é um dos
melhores bateras de heavy metal, sua precisão e condução a bordo da sua
“mega-bateria” impressiona. Outro fato interessante é que a música não precisa
ter coisas extraordinárias para ser considerada perfeita, prova disso é que os
caras mandaram um heavy metal tradicional, mas o que faz a diferença é
justamente os músicos que são considerados lendas do rock'n'roll.
Não há como
não elogiar o projeto WhoCares, digo isso em todos os sentidos, primeiro que é
por uma causa muito nobre, algo raro nos dias de hoje e depois em relação ao
som, é sempre prazeroso para um metaleiro presenciar um encontro desses, por
isso eu disse que não importa a quantidade de músicas – é claro que seria muito
bom se tivesse umas dez faixas – mas nesse caso só o fato de ouvir os riffs e
os solos do Iommi, a voz do Gillan, a batera do McBrain e o teclado do Jon
Lord, já vale e muito a pena, porém o inevitável é aquele desejo de “quero mais”.
Boa Audição.
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terça-feira, 16 de agosto de 2011
The Animator
Ganhador do Anima-Mundi de 2008. Uma animação que mostra de forma bem humorada a criação do homem e da mulher.
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Para ouvir baixo - SMV - Stanley, Miller, Victor
Para quem gosta de ouvir baixo, estes são os caras.
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quinta-feira, 14 de julho de 2011
Homenagem ao Dia do Rock
Os Metaleiros Também Amam
A todos os roqueiros apaixonados.
A todos os roqueiros apaixonados.
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segunda-feira, 27 de junho de 2011
Allman Brothers Band - "Stormy Monday" (Live At Fillmore East)
Nada como um domingo frio e chuvoso, conhaque e blues. Ontem (26/06) estava eu procurando alguns blues que a tempos não ouvia, e deparei com esta maravilha.
Foi um domingo perfeito, tendo com trilha sonora de Allman Brothers. Não tem como ouvir e não se render a genialidade do Allman Brothers, quem gosta de boa música, tem por obrigação ouvir.
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Música
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quinta-feira, 23 de junho de 2011
Soy Loco por TRI. America!
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terça-feira, 21 de junho de 2011
Turma do Vinil
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quinta-feira, 9 de junho de 2011
Chet Baker - Almost Blue
A magia do canto já deteriorado nos últimos dias de um dos grandes do jazz.
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sexta-feira, 3 de junho de 2011
Minha homenagem aos 70 anos de Charlie Watts.
Uma batera e baterista pra lá de diferente.
O som pode não ser dos melhores, mas a performace do cara é incrível. Taí um cara que prova que não precisa de muito para fazer o que se gosta.
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o que é ser designer?
by design on the rocks |
O PROJETO DE LEI Nº 1391/2011 que pretende (se Deus quiser) regulamentar a profissão de Designer no Brasil e também fazer com que não chamem os designers com os diversos nomes abaixo.
Mas para isso os designers tem que se unir, é difícil pra uma classe que é bem individualista, pode ver que tudo que é lançado nessa área geram muitas críticas, como o caso recente da nova identidade de uma marca de cosméticos ou os logotipos dos eventos esportivos que acontecerão no Brasil. Mas também sei que as críticas movem, transforma e evoluem esta categoria, as críticas fazem com que as pessoas se atualizem e procurem fazer melhor.
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design
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terça-feira, 24 de maio de 2011
Bob Dylan - 70 anos - A pedra continua a rolar...
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segunda-feira, 16 de maio de 2011
Olha nóis aí!
Turma, aí estão as fotos do Churrasco de 15 de maio
https://picasaweb.google.com/110903871411451550735/ChurrascoDaTurmaDoVinil?authkey=Gv1sRgCNHTu8GW-_G2OA#
https://picasaweb.google.com/110903871411451550735/ChurrascoDaTurmaDoVinil?authkey=Gv1sRgCNHTu8GW-_G2OA#
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Adivinha quem é o novo Campeão
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sábado, 14 de maio de 2011
Um Mergulho nas Memórias
O Menino a Navegar
"Desde os tempos de menino
Aprendi a navegar
Com as bússolas
Que eu mesmo inventar
Hoje eu sei as armadilhas
E os segredos desse mar
Que viver não é preciso
Nem será"
Rubem Braga
"Desde os tempos de menino
Aprendi a navegar
Com as bússolas
Que eu mesmo inventar
Hoje eu sei as armadilhas
E os segredos desse mar
Que viver não é preciso
Nem será"
Rubem Braga
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Vídeo
A visão do fotógrafo é que o diferencia, depende do repertório e da personalidade. Primeiro é preciso enxergar algo para depois registrá-lo.
terça-feira, 22 de março de 2011
Noites longas, mundos loucos
Pessoal! Vale a pena dar uma olhada novo trabalho do meu "chegado" Ronaldo.
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Música
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quarta-feira, 9 de março de 2011
O Verde Violentou o Muro
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Manhã de Carnaval
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
O Top 10 de Neil Young
Achei interessante esta matéria do André Barcinski ( http://andrebarcinski.folha.blog.uol.com.br/arch2011-02-20_2011-02-26.html ) e resolvir colocá-la no aqui
Foi só falar na revista Mojo que a última edição chegou aqui em casa.
Na capa: Neil Young.
A Mojo fez uma seleção das 50 melhores músicas do homem. E pediu para vários músicos comentarem as escolhidas.
Eu adoro quando revistas fazem isso. Porque é raro ver um músico falando de outro. Em entrevistas, músicos costumam falar de seus próprios trabalhos, não do trabalho dos outros.
E a Mojo tem a mão para fazer essas matérias retrospectivas gigantes, com depoimentos bacanas de gente idem.
Quem eles pegam pra falar de Neil Young? Algum imitador? Algum manjado fã de country?
Bom, tem alguns, claro, mas tem muita gente que você não esperaria ver falando de Neil, como Jon King (Gang of Four), Gerry Casale (Devo), Mick Hucknail (Simply Red), Geddy Lee (Rush) e Kirk Hammett (Metallica).
Um dos depoimentos mais bonitos é de Michael Gira, do Swans. Do Swans! A banda industrial/noise mais pesada e escura do universo!
E melhor: Gira escolheu como música predileta “Old King”, um countryzinho banal sobre um cachorro, escondido no meio de “Harvest Moon” (1992).
Disse Gira: “É preciso muito talento para escrever uma música sobre um cachorro (...) Logo nos primeiros dois versos – Willie Nelson também sabe fazer isso – você já tem um retrato do mundo inteiro. Fazer isso, apesar da comicidade do tema, é um talento genuíno”.
Que tal J. Mascis, do Dinosaur Jr., falando de “Will to Love” (“American Stars’N’Bars, 1977):
“Eu sempre fui atraído pelo som da guitarra de Neil e os sentimentos que ele evoca. Isso te toca de alguma maneira. É como se Neil estivesse falando com você por meio da guitarra (...) ‘Will To Love’ sempre foi minha canção predileta. É realmente íntima e intensa; você está sentado num acampamento em frente a uma fogueira, dá pra ouvir o fogo estalando... É realmente etérea; ele soa tão deprimido, como se estivesse deslocado, flutuando pela correnteza, flutuando para longe da realidade e dos problemas...”
É por essas que eu coleciono a Mojo desde o primeiro número que comprei, há 13 anos.
Como disse, a revista escolheu as 50 melhores músicas de Neil Young. As dez primeiras são
10 – Everybody Knows This is Nowhere (Everybody Knows This is Nowhere, 1969)
9 – The Needle and the Damage Done (Harvest, 1972)
8 – Mr. Soul (Buffalo Springfield Again, 1967)
7 – Down By the River (Everybody Knows This is Nowhere, 1969)
6 – Helpless (Crosby, Stills, Nash & Young- Déjà Vu, 1971)
5 – Like a Hurricane (Weld, 1991)
4 – Only Love Can Break Your Heart (After the Gold Rush, 1970)
3 – Heart of Gold (Harvest, 1972)
2 – Cinnamon Girl (Everybody Knows This is Nowhere, 1969)
1 – After the Gold Rush (After the Gold Rush, 1970)
O meu Top 10 seria totalmente diferente (oito das minhas dez prediletas nem ficaram entre as 50 da Mojo):
10 - Change Your Mind (Sleeps with Angels, 1994)
Um épico de quase 15 minutos; Neil e o Crazy Horse num transe de microfonias e com o refrão mais lindo que já ouvi
9 - Sail Away (Rust Never Sleeps, 1979)
No meio da paulada de Rust Never Sleeps, Neil cravou essa balada de cortar o coração
8 - Stupid Girl (Zuma, 1975)
Uma canção de amor linda – dizem que para Joni Mitchell
7 - Dreamin’ Man (Harvest Moon, 1992)
Sou só eu que acha Harvest Moon melhor que Harvest? A primeira frase dessa letra me mata: “sou um homem sonhador / e esse é meu problema / eu sei dizer quando não estou sendo verdadeiro”
6 - Comes a Time (Comes a Time, 1978)
Um rabeca, um violão, e Neil canta, com aquela voz melancólica : “Vem um tempo em que você está à deriva / vem um tempo em que você se encontra”. Podia parar por aí, não precisava de mais nada
5 - Old Man (Harvest, 1972)
“Velho, olhe para a minha vida / eu sou muito parecido com você (...) ”... E daí entra aquele banjo no refrão, com a voz de Neil subindo até um lamento esganiçado, a voz que só serve para cantar suas próprias músicas
4 - Thrasher (Rust Never Sleeps, 1979)
Já ouvi essa música cinco mil vezes e cada vez acho uma interpretação diferente para a letra. Um drama gótico sobre caipiras sem teto? Fazendeiros perdendo suas fazendas? Índios expulsos de suas terras?
3 – Danger Bird (Zuma, 1975)
Tem que ter muita moral pra gravar uma música tão porca, tão desafinada, tão esculhambada quanto essa e ainda soar transcendente. O biógrafo de Neil, Jimmy McDonough, descreveu assim Danger Bird: “parece a trilha sonora de um filme podreira de Zé do Caixão”. É isso aí.
2 - Barstool Blues (Zuma, 1975)
“Se eu pudesse me segurar a um só pensamento / até eu saber / por que minha mente anda tão depressa / e a conversa, tão devagar”. Toda vez que ouço isso, penso em alguém num bar, com o coração a mil por hora, tremendo de antecipação, prestes a conquistar aquela mulher especial. Mas daí Neil manda: “Certa vez havia um amigo meu / que morreu mil mortes / sua vida era cheia de parasitas / e incontáveis ameaças indolentes”, e caio do cavalo. Seria a mais crua descrição da vida na estrada, seus perigos e prazeres? Só Neil sabe.
1 - Powderfinger (Rust Never Sleeps, 1979)
Outra narrativa que só Neil Young sabe exatamente o que significa. Acho que é a música mais visual que já ouvi. E uma das mais emocionantes, com os solos lancinantes de guitarra, os corais dos comparsas do Crazy Horse, e um clímax que parece fim de thriller. O momento mais bonito que já vi em cima de um palco foi Neil e o Crazy Horse fazendo o quarto bis em Buenos Aires em 91, debaixo de uma tempestade. A produção desligou o P.A. Neil ficou puto, mandou os roadies virarem os amps de palco pro público e fez uma versão de 15 minutos de Powderfinger. Vida longa pra ele. Abaixo link de Powderfinger ao vivo em 1991
http://www.youtube.com/watch?v=woN-rSesgDM&feature=player_embedded#at=32
Foi só falar na revista Mojo que a última edição chegou aqui em casa.
Na capa: Neil Young.
A Mojo fez uma seleção das 50 melhores músicas do homem. E pediu para vários músicos comentarem as escolhidas.
Eu adoro quando revistas fazem isso. Porque é raro ver um músico falando de outro. Em entrevistas, músicos costumam falar de seus próprios trabalhos, não do trabalho dos outros.
E a Mojo tem a mão para fazer essas matérias retrospectivas gigantes, com depoimentos bacanas de gente idem.
Quem eles pegam pra falar de Neil Young? Algum imitador? Algum manjado fã de country?
Bom, tem alguns, claro, mas tem muita gente que você não esperaria ver falando de Neil, como Jon King (Gang of Four), Gerry Casale (Devo), Mick Hucknail (Simply Red), Geddy Lee (Rush) e Kirk Hammett (Metallica).
Um dos depoimentos mais bonitos é de Michael Gira, do Swans. Do Swans! A banda industrial/noise mais pesada e escura do universo!
E melhor: Gira escolheu como música predileta “Old King”, um countryzinho banal sobre um cachorro, escondido no meio de “Harvest Moon” (1992).
Disse Gira: “É preciso muito talento para escrever uma música sobre um cachorro (...) Logo nos primeiros dois versos – Willie Nelson também sabe fazer isso – você já tem um retrato do mundo inteiro. Fazer isso, apesar da comicidade do tema, é um talento genuíno”.
Que tal J. Mascis, do Dinosaur Jr., falando de “Will to Love” (“American Stars’N’Bars, 1977):
“Eu sempre fui atraído pelo som da guitarra de Neil e os sentimentos que ele evoca. Isso te toca de alguma maneira. É como se Neil estivesse falando com você por meio da guitarra (...) ‘Will To Love’ sempre foi minha canção predileta. É realmente íntima e intensa; você está sentado num acampamento em frente a uma fogueira, dá pra ouvir o fogo estalando... É realmente etérea; ele soa tão deprimido, como se estivesse deslocado, flutuando pela correnteza, flutuando para longe da realidade e dos problemas...”
É por essas que eu coleciono a Mojo desde o primeiro número que comprei, há 13 anos.
Como disse, a revista escolheu as 50 melhores músicas de Neil Young. As dez primeiras são
10 – Everybody Knows This is Nowhere (Everybody Knows This is Nowhere, 1969)
9 – The Needle and the Damage Done (Harvest, 1972)
8 – Mr. Soul (Buffalo Springfield Again, 1967)
7 – Down By the River (Everybody Knows This is Nowhere, 1969)
6 – Helpless (Crosby, Stills, Nash & Young- Déjà Vu, 1971)
5 – Like a Hurricane (Weld, 1991)
4 – Only Love Can Break Your Heart (After the Gold Rush, 1970)
3 – Heart of Gold (Harvest, 1972)
2 – Cinnamon Girl (Everybody Knows This is Nowhere, 1969)
1 – After the Gold Rush (After the Gold Rush, 1970)
O meu Top 10 seria totalmente diferente (oito das minhas dez prediletas nem ficaram entre as 50 da Mojo):
10 - Change Your Mind (Sleeps with Angels, 1994)
Um épico de quase 15 minutos; Neil e o Crazy Horse num transe de microfonias e com o refrão mais lindo que já ouvi
9 - Sail Away (Rust Never Sleeps, 1979)
No meio da paulada de Rust Never Sleeps, Neil cravou essa balada de cortar o coração
8 - Stupid Girl (Zuma, 1975)
Uma canção de amor linda – dizem que para Joni Mitchell
7 - Dreamin’ Man (Harvest Moon, 1992)
Sou só eu que acha Harvest Moon melhor que Harvest? A primeira frase dessa letra me mata: “sou um homem sonhador / e esse é meu problema / eu sei dizer quando não estou sendo verdadeiro”
6 - Comes a Time (Comes a Time, 1978)
Um rabeca, um violão, e Neil canta, com aquela voz melancólica : “Vem um tempo em que você está à deriva / vem um tempo em que você se encontra”. Podia parar por aí, não precisava de mais nada
5 - Old Man (Harvest, 1972)
“Velho, olhe para a minha vida / eu sou muito parecido com você (...) ”... E daí entra aquele banjo no refrão, com a voz de Neil subindo até um lamento esganiçado, a voz que só serve para cantar suas próprias músicas
4 - Thrasher (Rust Never Sleeps, 1979)
Já ouvi essa música cinco mil vezes e cada vez acho uma interpretação diferente para a letra. Um drama gótico sobre caipiras sem teto? Fazendeiros perdendo suas fazendas? Índios expulsos de suas terras?
3 – Danger Bird (Zuma, 1975)
Tem que ter muita moral pra gravar uma música tão porca, tão desafinada, tão esculhambada quanto essa e ainda soar transcendente. O biógrafo de Neil, Jimmy McDonough, descreveu assim Danger Bird: “parece a trilha sonora de um filme podreira de Zé do Caixão”. É isso aí.
2 - Barstool Blues (Zuma, 1975)
“Se eu pudesse me segurar a um só pensamento / até eu saber / por que minha mente anda tão depressa / e a conversa, tão devagar”. Toda vez que ouço isso, penso em alguém num bar, com o coração a mil por hora, tremendo de antecipação, prestes a conquistar aquela mulher especial. Mas daí Neil manda: “Certa vez havia um amigo meu / que morreu mil mortes / sua vida era cheia de parasitas / e incontáveis ameaças indolentes”, e caio do cavalo. Seria a mais crua descrição da vida na estrada, seus perigos e prazeres? Só Neil sabe.
1 - Powderfinger (Rust Never Sleeps, 1979)
Outra narrativa que só Neil Young sabe exatamente o que significa. Acho que é a música mais visual que já ouvi. E uma das mais emocionantes, com os solos lancinantes de guitarra, os corais dos comparsas do Crazy Horse, e um clímax que parece fim de thriller. O momento mais bonito que já vi em cima de um palco foi Neil e o Crazy Horse fazendo o quarto bis em Buenos Aires em 91, debaixo de uma tempestade. A produção desligou o P.A. Neil ficou puto, mandou os roadies virarem os amps de palco pro público e fez uma versão de 15 minutos de Powderfinger. Vida longa pra ele. Abaixo link de Powderfinger ao vivo em 1991
http://www.youtube.com/watch?v=woN-rSesgDM&feature=player_embedded#at=32
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Por do sol no Anhembi
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
As maravilhas de ir acampar
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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
o Gato e o Pássaro
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011
A luz da Luz
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Titã sob escada
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Um dia de chuva na estação da Luz
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Museu da Lingua Portuguesa
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